Mestranda da UEMS realiza I Mostra Fotoaldrávica em Aldeia de Anastácio

Mestranda da UEMS realiza I Mostra Fotoaldrávica em Aldeia de Anastácio

CAMPO GRANDE
Por:Eduarda Rosa 17/04/2023 16:11

Flavia Rohdt, aluna do Mestrado Acadêmico em Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Campo Grande, realizou a I Mostra Fotoaldrávica ‘Kixoku Komómoye Terenoe’ - que significa ‘Um modo de olhar Terena’ que tem como protagonistas crianças e adolescentes que representam o futuro da comunidade da Aldeia Aldeinha, localizada em Anastácio/MS. 

Com o intuito de promover, por meio da fotografia e da aldravia (é uma poesia minimalista, estruturada em até seis palavras e genuinamente brasileira, pensada e criada por poetas mineiros) o orgulho de pertencimento, identidade e autoestima, os jovens foram desafiados a produzirem esse material que tanto contribui com o ensino, valorização e revitalização da língua de seu povo. 

A Mostra foi idealizada por Flavia, que também é Coordenadora da Academia Brasileira de Autores Aldravianistas Infantojuvenil - ABRAAI de Anastácio. Além disso o evento faz parte de seu projeto de pesquisa que tem como título “Aldravias e as suas contribuições para o multiletramentos - uma análise dos projetos iniciados pela ABRAAI de Anastácio/MS”, sob orientação do Professor Antônio Carlos Souza.

A mostra fotoaldrávica contou com a parceria fundamental dos professores Jessé Nimbú e Évelin Hekeré, do fotógrafo Kali Aurélio, da artista plástica LLK e do IPEDI, organizadores desse material. 

Nesta mostra, as fotografias são o ponto de partida para a reflexão sobre a realidade da comunidade. Cada imagem está acompanhada de um poema aldravista que expressa sentimentos e emoções inspirados no próprio registro. Além disso, cada aldravia vem acompanhada de um QR Code que, ao ser escaneado, irá levar o público a uma declamação bilíngue - em português e em língua terena - para uma imersão ainda mais completa na riqueza linguística e cultural dessa comunidade. 

A mostra ocorreu em dois momentos, primeiro ela reuniu os dez alunos participantes da Escola Indígena Guilhermina, e eles teriam que tirar uma foto de algo que retratasse a comunidade (pessoa, espaço ou objeto). No segundo momento, nós nos reunimos e nós utilizamos essas fotografias como base para a produção textual da aldravia.  Os alunos fizeram a tradução com a ajuda do professor de língua materna Terena, também declamaram a poesia em língua portuguesa e em língua materna, que pode ser escutado por meio do QR Code.