Engenharia Física

Área: Engenharias
Unidade: Dourados

Informações:


O curso de Engenharia Física da UEMS, o segundo ofertado no Brasil na área de engenharia física, teve sua criação homologada através da Resolução Conjunta COUNI/CEPE-UEMS nº 033, de 08 de julho de 2009 (Publicado em DOEMS nº 7.505, de 22 de julho de 2009, p. 18), tendo seu funcionamento efetivado em 2010 com o ingresso da primeira turma de alunos(as).

Atualmente o curso possui reconhecimento junto ao Conselho Estadual de Educação do Mato Grosso do Sul, sendo este homologado através da Deliberação CEE/MS nº 12.078, de 06 de julho de 2021 (Publicado em DOEMS nº 10.575, de 19 de julho 2021, p. 17).

Sua idealização em 2006, surgiu dada a necessidade de atualizações no projeto pedagógico do curso de licenciatura em Física da UEMS. Deste modo, ofertado desde 2010, visa proporcionar ao seu egresso uma formação voltada a atuação direta no mercado de trabalho na área de engenharia e também uma oportunidade de formação voltada para o ingresso em programas de Pós-graduação de outras áreas que não se relacionassem ao ensino.

Na época da sua idealização, constatou-se que a implantação do curso teria significante contribuição com a consolidação da UEMS enquanto instituição geradora e socializadora do conhecimento e fomentadora do avanço científico e tecnológico, em direção ao desenvolvimento da sociedade sul-mato-grossense. A necessidade por profissionais da área de engenharia tornou-se maior quando da implementação, pelo governo federal no ano de 2007, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Esse por sua vez aumentou a demanda de mão de obra especializada nas áreas de infraestrutura energética, de infraestrutura social e urbana e da infraestrutura de logística em todo o Brasil. Por essas e outras, o Estado de Mato Grosso do Sul, que por anos tinha sua economia praticamente baseada no binômio boi-soja, começou a apresentar nuances de industrialização (o Estado de Mato Grosso do Sul abrigava mais de cinco mil empresas, com importante participação no Produto Interno Bruto do estado).

De acordo com dados do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), na época da idealização do curso, dentro do cenário da ciência e educação brasileira, haviam vários indicadores que apontavam para a necessidade de formar um novo tipo de engenheiro com base científica sólida e interdisciplinar, apto a atuar também em pesquisa e desenvolvimento.

No âmbito regional, o Estado de Mato Grosso do Sul é reconhecido pela riqueza de seus recursos naturais. Grande parte do estado abriga o complexo do Pantanal – que apresenta a mais extensa área úmida contínua do planeta e um santuário ecológico o qual abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Apesar da notória necessidade de preservação das reservas naturais, o desenvolvimento do Estado deve e, pode ser concomitante a esta ação. Para tanto, a exploração dos recursos energéticos é fundamental para seu crescimento.

Dentre os pontos citados acima, desde a preservação ambiental até o planejamento energético e industrial e, inclusive, a sustentabilidade desse equacionamento, o profissional de Engenharia Física possui as competências suficientes para se inserir ativamente na solução de problemas e análise desses cenários. Globalmente, Engenheiros Físicos podem trabalhar em empresas de informática, telecomunicações, energia, medicina diagnóstica, automação, instrumentação e nos setores aeroespacial e automotivo, entre muitos outros, além de atuarem como empreendedores. Também atuam em órgãos governamentais, institutos de pesquisa e instituições de ensino.

Do ponto de vista institucional, o curso foi idealizado para também contribuir de forma significativa à formação de alunos que vislumbram seguir a carreira acadêmica. Os egressos desse curso terão o perfil interdisciplinar necessário para ingressar aos diversos Programas de Pós-graduação stricto sensu, existentes tanto no âmbito nacional quanto internacional.

A existência do curso de Engenharia Física, no âmbito do Estado de Mato Grosso do Sul, foi idealizada para propicia a abertura de espaços para o fomento de discussões sobre a formação de polos de Ensino, Tecnológico e Científicos. Gerando assim a possibilidade de resultados aplicáveis às indústrias de alimentos, pecuária, agricultura, serviços, entre outras, permitindo agregar valor aos produtos existentes. Além de inserir competência técnica no desenvolvimento de novos produtos com alta competitividade e, portanto, maior valor de mercado. Esses fatos, segundo experiências de outras localidades do país, têm desdobramentos para a formação de “clusters” industriais, com novos empreendimentos, e consequentemente avanços em infraestrutura, qualidade de vida da comunidade local e ganhos para o Estado.

Deste modo, em 2009, foi criado o curso de Engenharia Física, no âmbito da UEMS, pela Resolução Conjunta COUNI/CEPE-UEMS nº 033, de 8 de julho de 2009, tendo o seu projeto pedagógico estabelecido pela Deliberação nº 176, da Câmara de Ensino, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, de 30 de novembro de 2009 e homologado pela Resolução Conjunta COUNI/CEPE-UEMS nº 930, de 22 de fevereiro de 2010.

No ano de 2013, o curso teve seu reconhecimento pelo período de quatro anos pelo Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul, através da Deliberação CEE/MS nº 10.124, de 16 de setembro de 2013 e Parecer CEE/MS nº 271/2013, aprovado em 16 de setembro de 2013. Neste mesmo ano, houve o primeiro concurso e contratação de um docente efetivo na área de Engenharia Física.

Em julho de 2014, foi dado início ao processo de cadastramento do curso junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (CREA/MS), o qual foi concluído em dezembro de 2016, conferindo aos egressos do curso o título profissional de Engenheiro em Eletrônica com as respectivas atribuições profissionais.

A partir do ano de 2016, houve um avanço significativo na infraestrutura do curso, obtido através da assinatura do Termo Aditivo 01/2016 ao Termo de Cooperação Técnica 751/2013, que estabelece o intercâmbio e a cooperação técnico científica entre o SENAI - Departamento Regional De Mato Grosso Do Sul, através da FATEC SENAI Dourados, e o curso de graduação em Engenharia Física, bacharelado, da UEMS. Através deste Termo Aditivo, o curso passou a contar também com toda a infraestrutura de salas, laboratórios, oficinas e recursos disponíveis na FATEC SENAI Dourados, onde também foi montado em parceria o FABLAB SENAI - UEMS (Laboratório de Fabricação e Prototipagem Rápida).

Também em 2016 foi assinado o Termo de Outorga do Projeto “Curso de Graduação em Engenharia Física: Novos Recursos, Novas Ações, Novas Perspectivas” referente ao Edital FUNDECT/UEMS 25/2015 – Apoio à Graduação e Pós-Graduação na UEMS, em que foram liberados recursos para investimentos em infraestrutura e ações para melhoria do curso.

Em fevereiro de 2017, o curso recebeu dois espaços físicos da UEMS, no bloco E – piso superior, para a montagem do Laboratório de Instrumentação Geral e do Laboratório de Eletrônica, Automação e Controle, o qual recebeu também novos e avançados equipamentos como kits de ensino de eletrônica e bancadas completas para ensino de automação pneumática e hidráulica, os quais foram adquiridos com recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil 2013 – PNAEST 2013.

Em 2019 foi realizada uma revisão do Projeto Pedagógico do curso, o que levou a reformulação do mesmo. Esta reformulação foi, principalmente, estruturada para atender às novas necessidades e transformações da sociedade sul-mato-grossense, às alterações nos processos produtivos e aos avanços tecnológicos conquistados pelo Estado de Mato Grosso do Sul. Este novo projeto pedagógico foi estabelecido pela Deliberação CE/CEPE nº 286, de 30 de outubro de 2018 e homologado pela Resolução Conjunta CEPE-UEMS nº 2.069, de 27 de junho de 2019.

No final do ano de 2019, o Comitê Docente Estruturante (CDE) do curso e a sua Coordenação, através de trabalhos articulados com a administração superior, realizaram em dezembro de 2019 um segundo concurso e contratação de um novo docente efetivo na área de Engenharia Física. No mesmo ano, no mês de setembro, foi realizado concurso e contratação de equipe técnica efetiva para atendimento aos laboratórios específicos do curso na área de engenharia.

Até o ano de 2022 o curso atendeu, precipuamente, suas propostas geradoras: a implantação de um curso com característica interdisciplinar, a fim de formar profissionais que atendam à demanda por mão de obra especializada para as necessidades do estado de Mato Grosso do Sul e do país.

Entretanto, visando manter o curso atualizado perante as mudanças tecnológicas, econômicas e sociais do estado e do país, bem como atender à Resolução CNE nº 02, de 24 de abril de 2019, a qual institui novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia; à Deliberação CE/CEPE-UEMS nº 309, de 30 de Abril de 2020, que aprova o regulamento para creditação das atividades acadêmicas de extensão e cultura universitária nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; à Deliberação CE/CEPE-UEMS nº 312, de 30 de abril de 2020, que dispõe sobre a educação de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação regularmente matriculadas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, o curso de Engenharia Física, bacharelado, reformulou novamente seu projeto pedagógico. Este novo projeto pedagógico, o qual este atualmente em operação foi estabelecido pela Deliberação CE-CEPE-UEMS Nº 356, de 13 de julho de 2022 e homologado pela Resolução CEPE-UEMS nº 2.436, de 30 de agosto de 2022.