Engenharia Florestal

Unidade: Aquidauana
Coordenadora adjunta: Priscila Gusmão Pompiani

Informações:


 

O Curso de Engenharia Florestal

 

          O Curso de Engenharia Florestal existe há mais de cem anos na Alemanha, porém, é uma profissão considerada nova no Brasil. O curso iniciou no Brasil num contexto histórico e social de incentivos ao desenvolvimento e ocupação de áreas não exploradas, dessa forma o governo federal valorizava os incentivos fiscais destinados às inúmeras indústrias madeireiras que freneticamente surgiram ao longo do território nacional, com isso surgiu a necessidade do trabalho de profissionais formados responsáveis pelo reflorestamento.

          Em 1960 foi criada a Escola Nacional de Florestas, primeira do ramo no Brasil, sediada em Viçosa-MG, e transferida em 1963 para Curitiba-PR. O período inicial de funcionamento do curso, de 1961 a 1969 foi caracterizado pela existência do Convênio de Assistência das Nações Unidas, através da FAO, conhecido por "Projeto 52". Em 1973 foi criado o primeiro curso de Pós-Graduação em nível de mestrado em Engenharia Florestal do Brasil e em 1982 foi criado o primeiro curso em nível de doutorado em Engenharia Florestal do País.

          O enfoque da profissão passou por transformações no decorrer dos anos 80 e 90 em relação ao campo de atuação dos Engenheiros Florestais. Com a questão ambiental em voga, surge a preocupação com o uso racional dos recursos naturais renováveis, na qual se insere o papel do Engenheiro Florestal. Tradicionalmente, o campo de trabalho restringia-se às grandes indústrias de carvão, celulose e madeira serrada. Hoje, com a certeza de que a humanidade depende do ambiente em que vive, a profissão ganhou importância em outros setores, tais como grupos de pesquisas institucionais, empresas e como autônomos.

          Nos órgãos governamentais o Engenheiro Florestal poderá desempenhar atividades técnicas e científicas, em instituições de pesquisa e extensão, institutos de proteção ambiental, prefeituras municipais e secretarias estaduais. Na iniciativa privada desempenhará atividades em empresas de reflorestamento, indústrias madeireiras e moveleiras, celulose e papel, projetos ambientais, auditorias para certificação ambiental, empresas de mineração e recuperação de áreas degradadas.

          Como consultor autônomo o Engenheiro Florestal alavancará a formação de florestas em propriedades rurais, gerando benefícios para as comunidades. Poderão atuar, também, como profissional em organizações não governamentais dedicadas à preservação ambiental (ONG’s). Observa-se que as áreas de atuação do Engenheiro Florestal são diversificadas e ampliam-se, desde a gestão ambiental até a produção industrial.

 

O Curso de Engenharia Florestal da  UEMS

          O Curso de Engenharia Florestal da UEMS, criado em 13/07/2006, está comprometido com o desenvolvimento científico e tecnológico regional, estadual e nacional. O corpo docente efetivo, atualmente, é composto por 24 professores em atividade. Destes, 23 doutores e 01 especialista.

          A estrutura para o funcionamento do curso é composta por quatro laboratórios didáticos devidamente equipados, uma área aproximada de 9 hectares de reflorestamento de Eucalipto, e as áreas com floresta nativa que compõem a Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente da fazenda, estas perfazendo aproximadamente 400 hectares. Tanto os laboratórios quanto às áreas de floresta atendem as atividades de ensino, pesquisa e extensão. É importante destacar o grande número de pesquisas científicas e tecnológicas desenvolvidas pelos docentes, com expressiva participação dos alunos. Para dar apoio às atividades de campo há um setor de máquinas agrícolas e marcenaria.

          A participação de docentes e alunos em cursos de extensão, congressos e publicações científicas é bastante incentivada levando a um maior intercâmbio com outros profissionais e a atualização de conhecimentos.