Teatro

Informações:


 

O Grupo de Pesquisa em Danças Populares Brasileiras Renda que Roda pesquisa as danças populares brasileiras em suas raízes e tradições até os possíveis desdobramentos cênicos e poéticos influenciados por essas danças. A escolha do trabalho com as danças populares brasileiras como suporte poético para o trabalho do grupo se dá pela compreensão da importância do trabalho com a Arte e a Cultura Brasileira, desviando o foco do estudo artístico de modelos clássicos eugenistas - estabelecidos como premissas no estudo da Arte – e lançando o foco do trabalho para a produção de Arte e Cultura Brasileira e para os contextos históricos e sociais que compõem nossa sociedade e, consequentemente, nosso corpo (partindo da premissa do corpo enquanto unidade somática). O Grupo surgiu como um desdobramento da pesquisa institucional (Ensino, Pesquisa e Extensão) da Profa. Dra Gabriela Salvador nos cursos de Artes Cênicas, Dança e Teatro da UEMS. Nossos trabalhos tiveram início no ano de 2014, ainda com o nome de “Grupo de Pesquisa em Danças Brasileiras”, com o projeto de extensão universitária de investigação das manifestações da cultura popular brasileira “Dançando nas Praças”, onde as danças populares (coco, samba de roda, baião e cacuriá) eram investigadas, praticadas e divulgadas na forma de rodas de danças em diversos locais na cidade de Campo Grande - MS, com intuito de fomentar a prática das danças populares brasileiras na mencionada cidade. Corroborando assim na difusão da cultura popular, valorizando nossas raízes e a arte do Brasil.

 

Foto: Acervo Grupo: Grupo Renda que Roda em visita na Aldeia Lagoinha- Aquidauana-MS 2022

 

2016: O grupo apresenta seu primeiro estudo cênico intitulado “SAL”, que é um solo da atriz Luciana de Bem, resultado de investigação em terreiros de umbanda.
 

Foto: Acervo do grupo:  Luciana de Bem em ensaio do Espetáculo Sal 

2017: Neste ano o estreia-se o estudo coreográfico “Corpos em Imersão”, resultado da fusão de nossas pesquisas realizadas em terreiros de umbanda e somada a pesquisas realizadas em uma das aldeias indígenas de etnia Terena de Mato Grosso do Sul. A partir do trabalho cênico o grupo publicou alguns artigos científicos e trabalhos de conclusão de curso - no curso de Artes Cênicas.

Foto: Acervo do grupo: Corpos em Imersão.

2018: Nos inserimos no diretório de grupos de pesquisa do CNPq e criamos um novo projeto institucional de pesquisa na UEMS chamado “O corpo mitológico nas danças brasileiras”, onde investigamos as danças populares ainda as tendo como inspiração poética para a cena e adotamos o nome de “Grupo de Pesquisa em Danças Populares Brasileiras Renda que Roda”. Neste ano o grupo também apresenta “IHÓNEAKU”- espetáculo de dança solo de Ya Moreira, integrante indígena do grupo.

2019: Ainda influenciados pelo trabalho cênico a partir do conceito de Corpo Mitológico, o grupo tem duas novas pesquisas de trabalho de conclusão de curso e uma de Iniciação Cientifica (UEMS/CNPq), tais pesquisas resultaram em dois solos. “Raízes” de Mariana de Castro e “Eia Rainha Nossa” de Robson Marx e o solo “SAL” de Luciana de Bem, ganham uma nova roupagem e dão origem a um novo estudo coreográfico: “Terreira” que teve sua estreia no SESC Cultura, em Novembro de 2019. Vale ressaltar que no mesmo ano “SAL” também passa por um processo de (re)criação e (re)estreia também em novembro no espaço TGR (Teatral Grupo de Risco). Ademais a orientadora e diretora do grupo Profa. Gabriela Salvador publica o livro “O corpo mitológico na Dança”(ISBN 978-85-444-3488_8 – Editora CRV), que é parte de sua tese de doutorado revisada e acrescida da experiências das pesquisas teórico-práticas que vem sendo realizadas pelos membro do grupo desde.

2015.2020-2021: Durante a pandemia e os anos de isolamento social, os trabalhos do grupo não pararam e os encontros semanais se mantiveram, porém, de maneira remota. Nesse período, os estudos teóricos sobre contra-colonialidade e a cosmovisão dos povos originários foram aprofundados a partir do novo projeto institucional de pesquisa da Profa. Gabriela Salvador, intitulado “Danças populares brasileiras e educação contra colonial: o conhecimento corporal e as epistemologias advindas dos povos originários”. Além desses estudos, a profa. Gabriela Salvador dedicou-se a produção do primeiro videodança do Grupo: “Tempo Bento”, resultado de suas pesquisas junto às congadas para São Benedito no Vale do Paraíba-SP e do processo de estados alterados de consciência e da pesquisa prática com o corpo mitológico.