UEMS e ILPOR promovem ação conjunta e pioneira para capacitação de professores em línguas estrangeiras

Interinstitucional

UEMS e ILPOR promovem ação conjunta e pioneira para capacitação de professores em línguas estrangeiras

Há uma grande demanda no Paraguai de cursos de capacitação de professores de Português-Língua Estrangeira

Por:Rubens Urue 15/04/2024 15:59

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Ilpor Centro de Idiomas promoveram entre os dias 08 e 09 de abril uma série de oficinas e workshops de formação continuada para professores de línguas e literaturas estrangeiras na sede do ILPOR, em Assunção (Paraguai). A ação é fruto do acordo de cooperação firmado entre as duas instituições em 2023 e consolidou o marco de celebração de 20 anos do ILPOR na promoção da Língua Portuguesa e Culturas Lusófonas no país vizinho.

As oficinas e workshops foram ministrados pelo prof. Dr. Lucas Araujo Chagas (UEMS), profa. Dra. Amanda Lopes de Freitas (Itamarati - Reitorado Guimarães Rosa/ CEFET-MG) e contou com o apoio e presença de representantes da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Línguas e Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Nacional de Assunção (UNA), Universidad San Carlos, CelpeBras, Focus Brasil Foundation e Itamarai. Também participaram da ação vários professores de Português-Língua Estrangeira da educação básica, superior e cursos livres que atuam em instituições pública e privadas do Paraguai.

Segundo a profa. Dra. Sueli Guerrero, Diretora do ILPOR, “a parceria entre ILPOR e UEMS foi muito importante, principalmente porque foi ao encontro de uma grande demanda no Paraguai de cursos de capacitação de professores de Português-Língua Estrangeira e a escassez de especialistas que são referência nessa área”.

Para ela “receber formadores de professores de línguas de uma universidade prestigiada com a UEMS e CEFET-MG foi um grande marco para o ILPOR nesse aniversário de 20 anos e, certamente, é um indicativo de que essa primeira parceria abrirá muitas portas de colaboração no intercâmbio de estudantes, professores e pesquisadores e interessados em desenvolverem estágios internacionais na área da docência”.

Para o docente da UEMS, “ter sido convidado pelo ILPOR para ministrar os workshops e representar o corpo docente de formadores de professores de línguas da UEMS nesse ato foi uma grande responsabilidade. Primeiro, porque participaram presencialmente e remotamente vários professores universitários de diferentes regiões do Paraguai e mesmo do Brasil; segundo, porque a formação de professores de português língua estrangeira e o ensino do idioma com foco em práticas de internacionalização ainda é um campo incipiente de metodologias e reflexões teóricas que chama a atenção de pesquisadores de grande renome da Linguística Aplicada e Literatura na atualidade", detalha Chagas.

Conforme o professor da UEMS, isso exige uma habilidade articulatória muito grande do ministrante para abordar o assunto, pois é necessário ter um conhecimento abrangente sobre fatores neurolinguísticos, psicolinguísticos, políticos e sociais que permeiam o ensino de línguas nacionais no exterior.

“Ter participado dessa ação foi estratégica, também, para percebermos o quanto a UEMS pode avançar em práticas de internacionalização no âmbito da formação de professores de línguas e na propagação da arte, cultura brasileira no contexto Latino-americano. Há uma grande demanda e expectativa lá fora de ações nessa direção que, aliás, são imprescindíveis para que a universidade cresça em práticas de internacionalização e aproveitar de sua posição geográfica de fronteira. Para atrair parceiros precisamos ter potencialidades. Temos que, antes de tudo, ‘mostrar o nosso peixe’. As potencialidades linguísticas, artísticas e culturais são os primeiros atrativos que os estudantes estrangeiros avaliam quando querem ir estudar fora. Se olharmos a nossa volta, as universidades que mais atraem intercambistas tanto na graduação, quanto pós-graduação, em nosso país, por exemplo, são instituições que investem pesado nessas três dimensões”, conclui Chagas.

Para a Diretora de Relações Internacionais (DRI) da UEMS, profa. Dra. Rosenery Lourenço, “a ação desenvolvida é pioneira, porque é a primeira que certificará pessoas fora do país. É um orgulho muito grande para a nossa universidade saber que, pouco a pouco, estamos avançando e ganhando o nosso espaço no cenário internacional. É também louvável que tenhamos professores cada vez mais engajados com esse movimento e que estão abrindo portas para que a UEMS seja representada e respeitada mundo a fora”.

Com informações da DRI/UEMS, prof. Dr. Lucas Chagas.